Os cristãos vivem, a cada ano, o Tempo da Quaresma, como um momento especial da graça, da conversão e da volta para o Senhor. Vivenciamos este Tempo de graça na caminhada rumo à Páscoa, a ressurreição do Senhor e nossa vitória.

A Quaresma teve início na Quarta-feira de Cinzas quando acolhemos a exortação do Senhor: “Convertei-vos e crede no Evangelho” e recebemos a Palavra de Deus nos convidando a voltar para o Pai e a mudar de Vida. Por meio do Profeta Joel ouvimos: “Agora, diz o Senhor; voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração e não as vestes, e voltai para o Senhor, vosso Deus” (Jl 2, 12).

A exortação é esta: Voltai. O grande e insistente chamado que a Quaresma nos faz é para uma verdadeira conversão, isto é, uma sincera mudança de vida, abertura e transformação do coração. Converter-se é abandonar o pecado, o mal e aprender a fazer e viver o bem e isto só é possível se fazemos um caminho de volta para Deus que resulta na volta aos irmãos e irmãs: “Voltar-se para Deus”.

“A Quaresma é o Tempo favorável para a conversão. Contudo, embora a conversão seja um movimento inicialmente pessoal e interior, ela não pode ser apenas uma atitude individualista, uma vez que a vontade de Deus, desde a criação, se manifesta como projeto de vida a um povo eleito, nutrido, formado e enviado pelo próprio Deus. Na Nova Aliança, este povo somos nós, a Igreja, chamada a ser sacramento de salvação integral para o mundo. E a nossa conversão quaresmal deve desenvolver-se como realização da vontade de Deus de modo pessoal, comunitário-eclesial e também social. Com Deus, sonhamos um mundo justo e fraterno, em que todos tenham vida “e a tenham em abundância” (Jo 10,10)” (Texto-base da Campanha da Fraternidade,1).

Pe Luiz da Paixão Rodrigues – pároco